Criado
para combater a sonegação fiscal e dar mais agilidade e transparência às
informações enviadas pelas empresas ao Fisco, o Sistema Público
de Escrituração Digital (SPED) deve trazer as primeiras consequências aos seus
eventuais infratores a partir de 2014.
O alerta é de Marcia Ruiz Alcazar, diretora comercial da
consultoria paulistana Seteco, que se baseia em dois aspectos importantes. Um
deles é o ritmo atual de implantação do SPED.
Por outro lado, as autoridades tributárias costumam enviar notificações
no ano prescricional das dívidas fiscais, ou seja, quando ainda é possível a
cobrança retroativa dos débitos relativa aos últimos cinco anos.
Diante dessas evidências, Márcia sugere que as empresas redobrem a atenção quanto aos dados enviados ao Fisco desde o primeiro momento em que estiverem obrigadas à Escrituração Fiscal Digital (EFD).
Diante dessas evidências, Márcia sugere que as empresas redobrem a atenção quanto aos dados enviados ao Fisco desde o primeiro momento em que estiverem obrigadas à Escrituração Fiscal Digital (EFD).
“A partir de janeiro de 2013, as pessoas jurídicas
tributadas com base no Lucro Presumido, contingente que representa o maior
número de empresas existentes no País, obrigatoriamente vão aderir à
EFD-Contribuições, que envolve a apuração do PIS e da Cofins”, exemplifica
Marcia, ao dar uma ideia das proporções que erros e omissões neste campo
poderão gradativamente assumir nas organizações.
“Para minimizar este risco, o ideal é que se adotem o
quanto antes procedimentos preventivos, com um trabalho conjunto envolvendo as
áreas contábil, fiscal e de TI, tanto internas quanto terceirizadas”, argumenta
a especialista.
Segundo ela, a malha tecnológica empregada pelo Fisco no
processamento do SPED é tão sensível que um simples cadastro
de cliente, fornecedor ou produto realizado de forma incorreta pode deflagrar
uma série de informações inconsistentes e colocar a empresa em sério risco
fiscal.
A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é outro objeto de
preocupação entre as empresas, devido às suas características peculiares,
afirma Márcia.
Trata-se
do ponto de partida contra problemas futuros, quase sempre detectados pela
contabilidade quando já não há tempo de
contornar irregularidades cometidas no ato de uma transação comercial.
“Nestes tempos de Fisco Digital, com a autoridade
tributária fiscalizando praticamente em tempo real, a prevenção de erros e
equívocos cumulativos é o melhor caminho a ser seguido pelas empresas. Sem
estes cuidados, aumentam sensivelmente as chances de um negócio se tornar
inviável, sobretudo em se tratando de pequenas e médias empresas”, conclui.
Fonte: Contabilidade na TV
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