Em
São Paulo para comentar os dados do Produto Interno Bruto (PIB) referentes
ao primeiro trimestre, divulgados hoje, o ministro disse acreditar que, a
partir de julho, a Atividade Econômica vai se recuperar e compensar o
crescimento modesto do primeiro trimestre.
Mantega
destacou que o consumo das famílias de 1% no primeiro trimestre, frente ao
quarto trimestre de 2011, representa taxa anualizada de mais de 4%. “O consumo
das famílias é compatível com crescimento do PIB maior do que esse [0,2% no
primeiro trimestre]”, disse.
Segundo
Mantega, apesar do crescimento moderado nos três primeiros meses do ano, o
mercado de trabalho no Brasil é um indicador positivo da economia, uma vez que
foram criados 600 mil empregos formais no primeiro quadrimestre. “Temos os
melhores resultados do mundo. ODesemprego continua aumentando na Europa”,
comparou.
Ele
destacou ainda que o setor de serviços, cujo crescimento foi de 0,6% no
primeiro trimestre, ante o quarto trimestre do ano passado, tem contribuído de
forma significativa na geração de vagas de trabalho.
O
ministro disse também que os efeitos da queda do PIB da agricultura sobre o PIB
total no primeiro trimestre são sazonais e não devem afetar o crescimento do
país.
Estímulos
Mantega
negou que haverá mudança na política de Investimentos da Petrobras.
Ele afirmou que a petrolífera vai continuar mantendo as exigências de conteúdo
local e ressaltou que os R$ 80 bilhões de Investimentos previstos
nesses ano devem estimular a indústria brasileira.
Durante
coletiva de imprensa em São Paulo, Mantega lembrou ainda que a desoneração da
folha de 15 setores entra em vigor em junho e há estudos para ampliar novos
setores, estimulando a indústria local”, disse.
Sem afrouxar contas
O
ministro destacou ainda que o governo não vê necessidade de afrouxar a meta
fiscal para estimular a economia. Ele comentou que o superávit primário
do primeiro quadrimestre, divulgado nesta semana, “foi muito bom”, mas que não
significa que será flexibilizado. “Temos munição, não quer dizer que vamos
usá-la”.
Na
opinião de Mantega, a solidez fiscal brasileira é favorável à retomada do
investimento. Ele argumentou, ainda, que as medidas que já foram tomadas terão
efeito sobre a Atividade Econômica a partir do segundo semestre. Ele
citou a desoneração de 15 setores, válida a partir de julho, além da redução
dos juros e dos spreads bancários.
Ele
disse esperar maior redução dos spreads de bancos públicos e privados. “A
redução doSpread será um impulso importante para a atividade econômica”,
afirmou. O ministro disse, ainda que se o setor privado não reduzir o spread,
esse movimento será puxado pelos bancos públicos. “Eu garanto isso”.
Questionado
sobre se outras medidas estariam em estudo pelo governo, Mantega afirmou que
não há mais medidas a serem anunciadas, por enquanto.
Fonte:
Valor Econômico
Nenhum comentário:
Postar um comentário