segunda-feira, 4 de junho de 2012

Brasil crescerá entre 4% e 4,5% no segundo semestre, diz Mantega


            Em São Paulo para comentar os dados do Produto Interno Bruto (PIB) referentes ao primeiro trimestre, divulgados hoje, o ministro disse acreditar que, a partir de julho, a Atividade Econômica vai se recuperar e compensar o crescimento modesto do primeiro trimestre.
            Mantega destacou que o consumo das famílias de 1% no primeiro trimestre, frente ao quarto trimestre de 2011, representa taxa anualizada de mais de 4%. “O consumo das famílias é compatível com crescimento do PIB maior do que esse [0,2% no primeiro trimestre]”, disse.
            Segundo Mantega, apesar do crescimento moderado nos três primeiros meses do ano, o mercado de trabalho no Brasil é um indicador positivo da economia, uma vez que foram criados 600 mil empregos formais no primeiro quadrimestre. “Temos os melhores resultados do mundo. ODesemprego continua aumentando na Europa”, comparou.
            Ele destacou ainda que o setor de serviços, cujo crescimento foi de 0,6% no primeiro trimestre, ante o quarto trimestre do ano passado, tem contribuído de forma significativa na geração de vagas de trabalho.
            O ministro disse também que os efeitos da queda do PIB da agricultura sobre o PIB total no primeiro trimestre são sazonais e não devem afetar o crescimento do país.

Estímulos
            Mantega negou que haverá mudança na política de Investimentos da Petrobras. Ele afirmou que a petrolífera vai continuar mantendo as exigências de conteúdo local e ressaltou que os R$ 80 bilhões de Investimentos previstos nesses ano devem estimular a indústria brasileira.
            Durante coletiva de imprensa em São Paulo, Mantega lembrou ainda que a desoneração da folha de 15 setores entra em vigor em junho e há estudos para ampliar novos setores, estimulando a indústria local”, disse.

Sem afrouxar contas
            O ministro destacou ainda que o governo não vê necessidade de afrouxar a meta fiscal para estimular a economia.  Ele comentou que o superávit primário do primeiro quadrimestre, divulgado nesta semana, “foi muito bom”, mas que não significa que será flexibilizado. “Temos munição, não quer dizer que vamos usá-la”.
            Na opinião de Mantega, a solidez fiscal brasileira é favorável à retomada do investimento. Ele argumentou, ainda, que as medidas que já foram tomadas terão efeito sobre a Atividade Econômica a partir do segundo semestre. Ele citou a desoneração de 15 setores, válida a partir de julho, além da redução dos juros e dos spreads bancários.
            Ele disse esperar maior redução dos spreads de bancos públicos e privados. “A redução doSpread será um impulso importante para a atividade econômica”, afirmou. O ministro disse, ainda que se o setor privado não reduzir o spread, esse movimento será puxado pelos bancos públicos. “Eu garanto isso”.
            Questionado sobre se outras medidas estariam em estudo pelo governo, Mantega afirmou que não há mais medidas a serem anunciadas, por enquanto.

Fonte: Valor Econômico

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