O
Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo decidiu nesta terça-feira não homologar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que proibia a
distribuição de sacolas plásticas no estado, fazendo com que o acordo deixe de
ter validade, segundo o Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida).
Com isso, de acordo com o órgão, os supermercados terão que voltar a distribuir as embalagens
gratuitas para as compras. O instituto é um dos autores da petição contra a
homologação do TAC. O Ministério Público ainda não se pronunciou oficialmente
sobre o assunto.
O
TAC foi firmado entre o MP, o Procon-SP e a
Associação Paulista de Supermercados (Apas), e passou a valer em abril deste
ano. Todos os TACs, após serem firmados, são encaminhados para o Conselho
Superior do MP que, neste caso, julgou que ele não é válido.
A
petição contra a proibição das sacolinhas foi feita pelo Plastivida, pelo
Instituto de Defesa do Consumidor (Idecon) e pelo SOS Consumidor. Para o
Plastivida, o preço das sacolinhas já estava embutido no valor dos produtos, e por isso os consumidores devem
ter acesso às embalagens. Ainda segundo a assessoria de imprensa do órgão, com
a suspensão da validade do acordo os supermercados terão que voltar a fornecer
as sacolinhas, ou poderão ser acionados pelos órgãos de defesa do consumidor.
A
assessoria de imprensa da Apas informou que a associação ainda não tem nenhum
posicionamento sobre o assunto e que não teve acesso à decisão.
O
Procon-SP informou que ainda não foi informado oficialmente sobre a decisão.
Acordo
A
suspensão da distribuição das sacolinhas descartáveis é discutida desde o ano
passado. Em maio de 2011, a Apas firmou acordo com a Secretaria do Meio Ambiente
de São Paulo prevendo a extinção da embalagem nos 1.250 supermercados
representados pela Apas - entre eles as principais redes.
A
proibição do uso começou em janeiro de 2012. No entanto, os supermercados
começaram a cobrar pela venda de sacolas biodegradáveis. O Ministério Público e
o Procon intervieram. Foi determinado o fim definitivo da venda das sacolas
biodegradáveis - porque também são descartáveis - e um prazo de dois meses para
os consumidores se adaptarem. Algumas lojas criaram pontos específicos para
retirada dessas caixas, que deverão continuar existindo. O TAC também obrigava
os supermercados a venderem, até agosto, um modelo de sacola reutilizável por
até R$ 0,59.
Apesar
do acordo, muitos supermercados, principalmente em áreas mais periféricas da
capital paulista, continuaram distribuindo sacolas plásticas normalmente para
seus clientes.
Fonte: Globo.com
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